terça-feira, 9 de outubro de 2007

Por que Quentin Tarantino é um gênio.

Pra começar, é bom deixar algo claro: o Tarantino é um gênio dentro do que se propõe a fazer – entretenimento de qualidade. Não estou falando de filmes profundos ou pensantes, mas única e exclusivamente de entretenimento de qualidade.
Outra coisa a se deixar clara: o que é um gênio? Segundo o Houaiss “aptidão natural para algo; extraordinária capacidade intelectual, notadamente a que se manifesta em atividades criativas; indivíduo dotado dessa capacidade.
A idéia desse post surgiu após uma “discussão”, iniciada durante o programa roda-viva, quando em um dado momento se falou superficialmente sobre a “genialidade” do diretor.
Agora o porque, na minha opinião, Tarantino é um gênio.
Tudo gira em torno de Pulp Fiction, sem sombra de dúvida seu melhor filme. Bom, pra se situar: o filme é de 1994, mesmo ano de “Os Flintones”, “O Máscara” e “True Lies”. O cinema hollywodiano estava em um momento pouco criativo e carente de entretenimento de qualidade. Haviam sim, bons dramas, bons filmes europeus...... mas e o cinema de ação? O entretenimento de qualidade antes visto com Spielberg em “Indiana Jones” e com Zemeckis “De Volta Para o Futuro”? Na minha opinioão, a genialidade de tarantino gira emorno da carência do cinema americano. A quem interessa, aí vão os meus motivos pra achar que Tarantino é um gênio do entretenimento de qualidade:

- Desenterrou John Travolta, que estava esquecido e há muito só fazia filmes péssimos, como “Olha quem está falando”. Provou pra todo mundo que além de dançar, o cara é um puta ator;
- O roteiro é fantástico, com diversas referências pop e dialógos cotidianos. Na minha opinião, um dos melhores dialógos em filmes de ação da década de 90.
- A trilha sonora é maravilhosa!
- Se tornou referência para diversos outros filmes
- O principal motivo da sua genialidade: não é um filme de grandes efeitos especiais, é um filme de um grande roteiro, algo cada vez mais dificil de encontrar no cinema hollywodiano.

Até pouco, todos falavam da genialidade de Spielberg. Acho importante deixar claro que o entretenimento de qualidade pode sim ser feito de bons filmes, com bons diretores, bons roteiros, dialógos bacanas. Acontece que isso está cada vez mais raro. A indústria do cinema vive uma crise: muita tecnologia e muita $$ fazem com que os bons roteiros se tornem desnecessários. Essa crise entra em um próximo post.
Entre os filmes de entretenimento do ano, qual deles tem algo assim? Algum com bom roteiro e poucos efeitos? Na minha opinião, nenhum. Assim, os poucos que fazem – ou fizeram – bons filmes de entretenimento são considerados gênios. Gênios dentro do que se propõem a fazer.

domingo, 9 de setembro de 2007

p/ refletir um pouquinho...

Feriado com pai doente. Provavelmente, alguma intoxicação alimentar, nada muito sério, mas que preocupa qualquer filha. Depois de três dias passando mal, convenci o “bisteco” a ir ao hospital. E é sobre isso que quero falar, pq ficou entalado na garganta. Fomos ao hospital Panamericano, coberto pelo convênio. Passamos em média 3 horas, e entre consulta, medicação e exames, podemos descontar aí uma horinha só de espera entre uma coisa e outra. Meu pai estava razoavelmente bom, ou seja, conseguia andar, falar, etc. O que me chocou foi ver alguns idosos em cadeiras de rodas, esperando MUITO tempo para serem atendidos. E o pior: tenho certeza que essas pessoas não pagam pouco pelo convênio médico, na ilusão de terem um bom e rápido atendimento. Foi-se o tempo que convênio médico era certeza de bom e rápido atendimento. Aliás, lembro desde pequenininha meu pai falar: “Convênio médico é INPS pago”. Conversando com uma mãe, que ficou quase uma hora esperando atendimento para o filho que tinha tido uma convulsão, fiquei sabendo que ela foi melhor atendida em uma consulta no SUS.
Bom, como já fui ao hospital preparada para a espera, pelo menos uma horinha de soro, levei um livro p/ passar o tempo. O livro, que aposto que poucos conheçam, era “Henfil na China (Antes da Coca-Cola)”. Já li o livro algumas vezes e sempre me surpreendo com algo, ou tenho uma visão nova sobre o assunto. Bom, coincidentemente, enquanto esperava, o Henfil falava sobre uma comuna a qual tinha visitado e o mais bacana: a Casa de Respeito. A Casa de Respeito é uma espécie de casa de repouso para os idosos da comuna, que não tem mais família. Todos tem assistência médica gratuita, moradia, aposentadoria e entretenimento. Artistas vão visitar e fazer apresentações, e os idosos fazem diversas viagens e excursões pelo país. Como o livro é antigo, tem mais de 30 anos, nem sei se isso ainda acontece. Não faz diferença. Me deixou mais revoltada ainda sobre como os idosos são tratados por aqui. Se uma cena de dois velinhos em cadeira de rodas esperando atendimento em hospital PARTICULAR me deixou chocada, fiquei imaginando como me sentiria ao visitar um hospital da rede pública. Pior: esses velhinhos provavelmente gastam boa parte de sua aposentadoria pagando os convênios, ou seus filhos comprometem seu orçamento na ilusão de um certo conforto para os pais. Mas será que na prática o atedimento é TÃO melhor do que o da rede púbica, para que o preço seja tão alto?
Bom pensar no assunto...... Bom pensar sobre como tratamos os idosos. E não to falado só do governo não, to pensando nas atitudes do dia-a-dia mesmo..... fila de banco, lugar no ônibus, fila da padaria. Quando o senhor de 80 e poucos anos que está na nossa frente demora contando as moedinhas, ou conversando com a caixa em busca de um pouco de atenção temos paciência ou na hora pensamos “velho chato, devia ter ficado em casa?”. Qual a última vez que vc levou seus avós, ou até mesmo pais, para o cinema, teatro ou um simples passeio no parque? O problema é como NÓS enxergamos os mais velhos. Podemos até respeitar, no entanto nossa vida está sempre cheia de outras prioridades, e nunca sobra uma ou duas horinhas para ficar com eles..... que seja para ouvir suas histórias.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Estudante?


Após mais uma onda de denúncias (é só forçar um pouquinho a memória que a gente lembra que todo ano é a mesma coisa....) veio a polêmica da carteirinha de estudante. Quem NUNCA cogitou fazer uma carteirinha falsificada para obter a vantagem da meia-entrada em cinemas que atire a primeira pedra. Aliás, conheço poucas pessoas que deixaram de estudar já há algum tempo que não tem a dita carteirinha. Quem é que não tem um amigo que tem um vizinho que tem um rimo que tem um “esquema” p/ fazer a carteira da UNE? Alguns esquemas são tão bons que da até p escolher a faculdade e o curso! Eu mesma, já terminei a faculdade há 4 anos e até o março agora estudava e um tal de “Cursinho Inteligente”, segundo a miha carteira de estudante, que me garatia varas idas ao cinema. O bom é que esse auê todo em cima do assunto me fez refletir em cima de dois pontos:

1º. Existe uma lei que garante o benefício da meia-entrada aos estudantes. No entanto essa mesma lei diz que qualquer comprovante de ensino é suficiente para garantir a meia-entrada.
Bom, se é possível pagar meia-entrada apenas apresentando a carteirinha ou boleto da escola, por que gastar para fazer a carteirinha de estudante? Convenhamos, não faz sentido. Hoje a carteirinha de estudante é feita até em restaurantes. E a grana arrecadada ela UNE com a taxa aga para fazer a carteirinha de estudante..... bom, eu juro que pensei bastante e não faço a menor idéia do que é feito com essa grana. E se tanta gente tem a carteira falseta, mas emitida pela UNE.... a grana é alta.
Resolver o problema até que fácil: é só fazer com que sejam válidos para a meia entrada apenas o comprovante da instituição de ensino original, talvez com um carimbo, para evitar o “jeitinho brasileiro”. Só falta boa vontade.

2º. Segundo informações das salas de cinema, hje 70% da bilheteria é de meia-entrada.
Aqui o buraco é um pouco mais embaixo. Muitos alegam usar a carteirinha falsa para pagar meia, já que hoje s preços estão abusivos. De outro lado, os cinemas e casas de show justificam os preços abusivos com o alto índice de “meio-ingresso”. Com isso entramos em um círculo vicioso em que um lado usa o erro do outro para se justificar. Se as entradas fossem mais baratas, o número de carteiras falsas seria menor? E se a fiscalização fosse forte e só os estudantes pagassem meia-entrada, os ingressos teriam um preço mais acessível? Nos dois casos, dúvido. Infelizmente somos brasileiros, e de alguma forma tentamos levar alguma vantagem em tudo que é possível.

Com que mora podemos reclamar de nossos políticos corrutos?
Pensei bastante e fiquei feliz por enrolar tanto ara fazer minha carteirinha “esquema” desse ano. A demora me fez refletir e desistir de fazer a carteirinha. Assim, me sinto apta a criticar políticos, cobrar políticas sociais e até mesmo ingressos mais baratos.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Começando

Blog novinho, p/ servir de desabafo sobre diversas situações..... Começa com o caso do garoto, morte ao ser arrastado preso no carro pelo cinto de segurança. Além da revolta comum a todos vem indignações maiores diretamente ligadas ao assunto:

- Dias após o ocorrido, a mãe do menino, obviamente ainda chocada e desestabilizada emocionalmente, deu uma entrevista ao Fantástico. Sei que muitos acreditam ser utilidade pública, mas peraí! Não se pode nem mais sofrer em paz!
- Aconteceram alguns atos de manifestação pública pela paz. Gente, não adianta!!!!!! Infeizmente, chegamo e um onto em que manifestações pacificas não vão resolver nada. Nós, sociedade civil, temos que nos mobilizar de verdade! Parar o país, como no movimento das Diretas! Só assim, TALVEZ, alguma atitude seja tomada..... Nunca me imaginei dizer isso, mas...... que saudades do Dr. Fleury e seu esquadra da Morte.
- Fechando o primeiro post: Em seu programa matinal, Ana Maria Braga falou que “milícia é uma palavra nova”. Se uma formadora de opinião diz isso na tv....tenho que citar “A televisão me deixou burro muito burro demais....”