domingo, 17 de fevereiro de 2008

Danos Morais??? Ta mais p/ ditadura religiosa.....

Acabei de assistir a uma reportagem do programa “Domingo Espetacular” na Record. A matéria CLARAMENTE defendia a Igreja Universal do Reino de Deus e seus fiéis nos casos de processo contra a Folha de São Paulo e o jornal O Globo. “O Globo” está sendo processado por danos morais porque em uma reportagem se referiu à religião como seita. Já a Folha de São Paulo pela frase “Uma hipótese é que os dízimos dos fiéis sejam esquentados em paraísos fiscais”. A minha indignação a principio foi em relação aos processos, já que me lembra demais os tempos de censura a imprensa. Isso porque “seita”, segundo o Houaiss, significa "doutrina ou sistema que se afasta da crença ou opinião geral”, o que não é mentira e muito menos pejorativo. Quanto a reportagem da Folha, o Michaelis diz sobre “hipótese” Suposição que se faz de alguma coisa possível ou não”, o que mostra não ser uma acusação infundada, já que algo hipotético não é sequer uma acusação.
Em seguida essa indignação se virou contra a Record. A matéria foi extremamente parcial, ouvindo fiéis e advogados, claramente freqüentadores da Igreja. Tentaram falar apenas com a Folha de São Paulo e com O Globo, mas em nenhum momento com fiéis de outras igrejas ou advogados ateus. Após o fim da reportagem, mudei de canal imediatamente. Agora, é impossível dar credibilidade a qualquer tipo de programa do canal. É a imprensa defendendo uma volta a censura, ou ao menos auto-censura. Pior ainda, o jornalista Paulo Henrique Amorim apresentando a reportagem. Um jornalista sério pediria demissão, mas não apresentaria algo do tipo. Sou solidária a Folha de São Paulo e a jornalista Elvira Lobato. Cada vez mais se vêem acusações contra membros da Iurd. Será que o objetivo agora é calar a imprensa sobre esses eventos? Não, eu não concordo com isso. E acho que precisamos tomar cuidado com esse montante de processos de “danos morais”. Sou publicitária e já ouvi inúmeras vezes que propaganda é ruim, engana as pessoas, prometem coisas milagrosas, publicitário não são éticos ao estimularem o consumo, etc. Assim, acho que vou procurar um advogado e sair por aí, processando a todos que já me disseram ou insinuaram isso em algum momento. Com esse pensamento desefreado sbre danos morais, ninguém mais pode opinar sobre nada já que passa a ter medo do que o outro entende (ou quer entender) sobre o que foi falado. E dessa forma, calmamente, voltamos a censura.

2 comentários:

Bruno Chenque disse...

Que não existe parcialidade, a gente sabe. Mas isso é um chute nos bagos.

Carol Franco disse...

Exatamente! O problema é essa extrema parcialidade mascarada de jornalismo como fez a Record....